Apresentação

quarta-feira, 12 de novembro de 2014

Pedalada do azar

Passada a euforia da viagem e as dores também é hora de pegar na bike de novo e pedalar pela cidade.
Que nada, na hora de sair me deparo com o "pneu no chão" ahhh vááá, essa expressão é a mais idiota e a que mais se encaixa na situação de pneu furado, desculpa. Tentei encher em casa sem sucesso, fui até o posto mais próximo de casa, que nem é tão próximo assim para se levar uma bike empurrando, e depois de me incomodar com o frentista que aparentemente nunca havia enchido um pneu na vida, volto pra casa frustrada sem conseguir pedalar, nessas idas e vindas já foram quase uma hora e não desisti porque quem me conhece sabe o quão cabeça dura que sou e quando coloco uma coisa na cabeça vou até o final. Resolvi pegar a bike do Matheus que estava lá em casa, troquei as caramanholas e bolsas de lugar e encarei até que no meio do caminho o pézinho dele se solta e começa a raspar no chão, nessa hora eu já conversava com D-s dizendo "Ei, isso é um sinal pra eu não pedalar hoje né? Mas eu vou sim!" saquei a fita isolante da bolsa (fitas isolantes resolvem qualquer problema) e enquanto espraguejava ao mesmo tempo que tentava manter a calma eu "resolvia"o problema... Agora vai, pensei, mas foi ridículo, estava com pressa e não ajustei a altura do selim, parecia uma jabiraca, toda desajeitada... Mas fui mesmo assim, e apesar dos pesares fiquei feliz em perceber que lombas que antes eu bufava para subir, ou umas de paralelepípedo que eu sequer subia, fluiu sem problema e sem nem pensar em desistir...

Enfim, só queria contar para vocês o que tem acontecido pós viagem, e o pior é que agora todas as noites eu estou envolvida com algum negócio da minha casa nova e não tem sobrado tempo nem pra remendar a câmara... mas de sexta não passa! Bjos

segunda-feira, 3 de novembro de 2014

Cicloviagem São Leopoldo/Riozinho


E finalmente chegou  a tão esperada e planejada cicloviagem.
Sexta-feira (31/10) cheia de coisas para fazer, últimos detalhes para ajeitar, o dia passou bem rápido... 
No final da tarde o Matheus trouxe a bike dele, e a missão era trocar a câmara da frente, que estava furada, fazendo com que o pneu esvaziasse beeem devagar. Vitor é o mecânico oficial da galera, trocou e eu nem vi. Show de bola, hora de concluir os últimos compromissos sociais antes de relaxar para pegar a estrada no amanhecer.
Chegamos em casa por volta da meia noite, passando pela garagem para namorar as bikes já equipadas me deparo com o pneu do Matheus vaziozinho, pouts!
Já não bastava o cansaço de uma sexta-feira agitada, lá vamos nós detectar o furo, remendar e recolocar tudo no lugar... Ok, 1:30 da manhã, hora de descaçar porque às 4:30 precisamos estar em pé!

Sinto muito não ter foto do momento da saída, estava muiiito escuro e as câmeras e celulares estavam todas guardadas, a ansiedade em sair era maior, pedal na estrada!
Uma hora de pedalada depois, primeira parada meio que fora do planejado... Vitor estava com um problema na bike dele, mais precisamente na caixa de centro, e lá vai o mecânico de novo entrar em ação.
O dia pensava em amanhecer, um pequeno chuvisqueiro no caminho, gostoso pra refrescar.

Primeira parada, RS 239 NH

Vitor e Matheus sendo felizes :P

 As bikes equipadas, muito peso, e por incrível que pareça, só o essencial!

Posso dizer que o caminho é quase uma montanha russa, subidas e descidas, não dava nem para comemorar uma descida que logo estava lá outra subida e o ciclo se repetiu o caminho todo. Já com as pernas cansadas, fizemos nossa primeira parada de verdade em Sapiranga, 30 km já percorridos e mais de 60 ainda por vir...

A RS239 nesse trecho era boa, com um acostamento largo, exceto algumas pontes e viadutos, mas nada que saísse do controle.
E lá vamos nós colocar o pedal na estrada mais uma vez, mais 30 km percorridos, dessa vez a parada foi no pórtico de Rolante, 60 km de pedal.
Muita dor, muito cansaço, muita banana e muita vontade de chegar...
Esse trecho foi um pouco mais tenso, subidas de quilômetrosssss e estrada sem nenhum acostamento e muito movimento. 
  
Parada no pórtico de rolante.

A propósito, estou apaixonada por essa cidade. Cidade pequena (muito pequena) e com aquele ar que só cidade do interior sabe ter, tudo lindo, limpo, uma delícia.

Igreja de Rolante-RS

Rua coberta, em frente a praça de Rolante-RS


Aqui  confesso, eu já estava esgotada, a única coisa que me fazia pedalar era a obrigação de chegar e saber que não existia outro jeito.

 83 km de pedal depois, chegamos em uma estrada de chão, que é o caminho que nos leva para o Camping e a cascata do chuvisqueiro, sem dúvidas o pior trecho da viagem (e o mais bonito também). Nessa altura eu já estava me xingando pela "maldita" ideia de fazer a viagem, já enxergava tudo embaçado e já não conseguia mais raciocinar direito. A fome não tinha mais banana, biscoito e chocolate que matasse... 

Cansaço e felicidade nos definem nesse momento.

 Foi aí que encontramos essa barragem linda, e essa pontezinha incrível que nos faz acreditar que estamos quase chegando!





Nem sei dizer o quanto mais pedalamos, e nem preciso dizer quantas toneladas pesavam cada perna e o quanto nossa bagagem se multiplicou por causa do cansaço, a única coisa que posso dizer é sobre a nossa felicidade ao encontrar o camping, que segundo informações obtidas no caminho era "logo ali" e não chegava nuncaaaaaaa.




Mas enfim chegamos, as bikes já estavam descansando e guardando o lugar das nossas barracas, pouco antes de montarmos acampamento. Não sei explicar, mas a sensação era incrível, o lugar ser lindo fez tudo valer muito mais a pena!


Acampamento montado, Matheus fazia um som pra nós e descansava enquanto Vitor providenciava o fogo para nosso almoço.

Essa foto dispensa legendas.

Depois de um miojo com atum confirmado, um banho pra tirar a nhaca da viagem, foi hora de conhecer a cascata do chuvisqueiro, e só posso descrever ela como: Incrível




Eu sendo feliz e renovando minhas energias com esse lugar sem explicação.

Pela narrativa parece curto, mas acreditem, o tempo foi maravilhoso com a gente, e passou bem devagarzinho deixando a gente aproveitar o pouquinho dele que a gente tinha nesse paraíso.

Hora da janta, adivinhem? Massa com atum! Dessa vez aquecidos na fogueira, que deu o charme pra noite.
(eu comi só atum e confesso, um crepe de chocolate que o dono do camping fazia e era irresistível e delicioso) 



Hora de acordar e levantar acampamento, choveu bastante a noite, acordei dolorida e "acabada", mas o negocio é levantar e aquecer os músculos, porque 95km de pedal nos esperava...
Guardamos tudo e fomos aproveitar para conhecer outra cachoeira, acesso só por trilha, muito legal, outra aventura!






Voltando pro camping, rolou um almoço reforçado de Massa com atum (hahahah) e um brócolis para reforçar. Antes de partir voltamos para a cascata do chuvisqueiro para nos despedir, ou melhor, para dizer "Até logo"!


Eu, Matheus e Vitor

A volta foi "no tranco" as primeiras subidas de estrada de terra foram só empurrando e confesso que já estava planejando parar na Rodoviária de Rolante e pegar o primeiro ônibus que partisse para qualquer cidade vizinha de São Leopoldo. Não me imaginava subindo e descendo tudo aquilo de novo no estado que eu estava! Também não sei explicar como consegui, só sei que foi... Parece forçado dizer isso, talvez até eu quando for ler, daqui uns meses, vá achar forçado e vá pensar "nem foi tanto assim", mas acreditem, foi! heheheh

Uma ótima foto pra simbolizar a volta pra casa, o final da aventura
Aqui ainda chuviscava, antes do sol torrar nossos capacetes.

Ahhh, passei por rolante sem sequer saber onde ficava a rodoviária, ponto pra nós! o/
A Volta foi mais rápida, com muita subida, mas menos paradas, a única coisa que eu pensava enquanto pedalava aquelas subidas a 5km/h era que no final delas haveria uma recompensa, que era a descida novamente, e no final, minha casa e o colchão fofinho, que nunca havia sido tão desejado.




terça-feira, 28 de outubro de 2014

Contagem Regressiva

Falta 3 dias para a viagem  a primeira cicloviagem.
Ansiosa define!
Estou com um pouco de medo, confesso, medo das estradas, medo de não aguentar, medo do desconhecido. Mas é isso tudo que faz a coisa ser mais legal ainda e me deixa ainda mais empolgada!
Quanto aos preparativos ta tudo meio parado, ando cheia de coisa para fazer, mas esses detalhes vou ajeitar na sexta-feira mesmo, sou brasileira e deixar pra última hora é com a gente mesmo!
Semana passada comprei 1 Caramanhola de 800ml já com suporte, por incríveis R$8,00, e no sábado, enquanto fui novamente com o Matheus na loja, comprei mais um suporte de plástico por mais incríveis ainda R$ 3,00. Agora tô que tô com 2 garrafas no quadro!

Nem tão de última hora assim o que preciso já está na mão:

Bagageiro: ok
Corda elástica para bagageiro: ok
Alforges: ok
Bolsinha de guidom: ok
Caramanholas e suporte devidamente instalados: ok
Barraca: ok
Colchonete: ok

Na lista de coisas para comprar ainda está o protetor solar e repelente.

Uma coisa que tem me preocupado é a chuva, (que tem 90% de probabilidade de aparecer sábado e domingo) tanto no fato dela ser intensa e precisar adiar a viagem mais uma vez, como no fato de acampar a noite com chuva.
Na pior das hipóteses vou providenciar uma lona para me proteger.

Só queria compartilhar aqui com vocês essa minha ansiedade. Que dê tudo certo... Até lá

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Confeccionando Alforges - Parte 2

Depois de algum tempo estou de volta com o assunto dos Alforges. Quem ta chegando agora aqui no blog, eis meu post de quando decidi confeccionar meus próprios alforges em "Confeccionando Alforges - Parte 1"
Aqui vai a parte 2, e já informo que talvez haja a parte 3... :O 
Mesmo tendo tudo ao meu alcance para a confecção, ficou bem difícil achar tempo para isso nas últimas semanas... 
Enfim, isso não importa, mas ontem finalmente consegui "terminar" minha obra.
Vou mostrar para vocês o que era para ser o resultado final, mas informo que tive que improvisar no meio do caminho e que não deu muito certo, ainda vou ter que mudar alguns detalhes.


Problemas e adaptações no percurso já com as dicas para vocês não cometerem o mesmo erro:

- Não fiz com linha especial mais reforçada, portanto cada costura passei umas 5 x no mesmo lugar, entre idas e vindas na maquina para não ter perigo de rasgar no caminho, portanto FAÇA COM LINHA DE NYLON PRÓPRIA PARA ISSO se não quiser passar mais trabalho.

- Não sabia trocar a linha na maquina que temos no atelier, ela é industrial e aparentemente cheio de voltas, como só posso fazer a noite não tem ninguém no local para me ensinar, fiz com as cores que já estavam nela, por isso essa miscelânea de cores :)

- Não tinha os tridentes para o acabamento conforme falei, portanto fiz tiras do próprio tecido com velcro nas pontas, mas o ângulo que o velcro fica e a pressão que ele sofre no sacolejar da bike, acredito que não será suficiente e irá abrir, portanto irei providenciar os tridentes de plástico para colocar no lugar e acho que vocês deveriam fazer o mesmo 




Por enquanto é isso, ansiosa pra estrear o/ 

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Nada São Léo

Um dilúvio no RS, não sei dizer ao certo há quanto tempo está chovendo, acho que perdi as contas...
Domingo era dia de Pedala São Léo, as 9h. Acordamos as 8h e o dilúvio continuava...
Assim que a chuva acalmou resolvemos ir lá no local de encontro onde sairia a pedalada, tinha uma galerinha lá, mas mesmo assim devido as condições climáticas o organizador decidiu adiar o evento.
Conhecemos um pessoal do pedal lá na frente, e para não perder a viagem resolvemos dar uma voltinha.


Brincando foram 17km de muita subida e paralelepípedo
Definitivamente ou eu compro uma bicicleta ou eu só ando no asfalto, a pobrezinha parece que vai desmontar, a do Matheus de fato se desmontou, mas uns parafusos a menos , umas fitas a mais, no final deu tudo certo.


Enfim hoje o sol resolveu aparecer, e com o horário de verão tudo fica mais lindo! Essa semana não tem desculpa, menos de 15 dias para a viagem para Riozinho, não da pra descansar e tenho muito o que aprender ainda! bjs